Respirar pela boca pode trazer diversas consequências para o corpo.
A respiração de repouso deve ser realizada pelo nariz, que promove a filtragem, umidificação e aquecimento do ar. Esse modo respiratório permite que as narinas se desenvolvam devido à constante passagem do ar.
Quando a respiração é realizada predominantemente ou exclusivamente pela boca, o ar não recebe esse tipo de “ filtragem”. Isto gera vários problemas que podem se refletir em várias partes do corpo, sendo mais evidentes na musculatura e no desenvolvimento ósseo da face.
Podemos citar como consequências da respiração oral: lábios abertos e ressecados, lábio superior encurtado, lábio inferior flácido e evertido (“voltado para fora”), língua flácida e repousada no assoalho da boca, pouco desenvolvimento da maxila, mastigação inadequada ou ineficiente, alterações na voz e na fala, diminuição do olfato, olheiras, face com aspecto de cansada, sono irregular, sonolência diurna, alterações posturais, dificuldade no aprendizado escolar, apnéia do sono, dentre outros.
As principais causas de respiração oral são: obstruções nasais por desvio de septo, pólipos nasais ou hipertrofia de cornetos, aumento das adenóides, rinite alérgica e sinusite crônica.
Desta forma o diagnóstico precoce é muito importante. A avaliação otorrinolaringológica é fundamental para definir a causa e prescrever o tratamento adequado. Associada a isso encontra-se a terapia fonoaudiológica que vai permitir melhor adequação de todas as funções orais, como respiração, mastigação, fala, voz e deglutição.